quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Recordações dos anos oitenta
Em vésperas de dias de grande movimento de navios de cruzeiro no porto do Funchal, é sempre bom recordar outros tempos e outros navios. O mesmo é dizer paquetes da frota da ex-URSS que fretados por operadores ocidentais (ingleses e alemães, por exemplo) ofereciam itinerários que contemplaram portos portugueses como o Funchal e Lisboa. Nos anos setenta e oitenta a maioria do tráfego de navios de passageiros na Madeira era efectuado por navios de bandeira soviética, como testemunha a fotografia cedida gentilmente por Pedro Amaral ao Clube de Entusiastas de Navios. Uma fotografia obtida a 6 de Abril de 1981, da esquerda para a direita, com os navios Ivan Franko, em viagem de St. Johns para Casablanca, Belorrusiya, de Las Palmas para Málaga, Aleksandr Pushkin procedente de Barbados para Guernsey e Kareliya, em viagem de Tenerife para Tilbury, segundo dados recolhidos por Nuno Jesus. Curioso a particularidade destes navios estarem atracados num disposição um de uma classe e outro de outra e de pertencerem a um conjunto cada um de cinco navios idênticos, ou seja, às classes Ivan Franko e Belorussiya, os primeiros desses 2 grupos de navios idênticos. Fotógrafos como os Vicentes, os Perestrelos, os próprios entusiastas de navios ou outros curiosos têm contribuido para testemunhar, através da arte de fotografar, a história do porto do Funchal.
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6 comentários:
É realmente uma foto bastante curiosa mesmo! Desconhecia completamente este facto, valeu este registo para ver este acontecimento curioso. Só falta agora vê-los dois a dois! Será que aconteceu? Fica a questão...
Aprecio bastante a publicação desta imagem nostálgica, que em princípio não se repetirá, tendo em conta que a Pontinha só comporta 3 navios de grande porte, e já não constroem navios como os apresentados na imagem, nem vários navios de uma classe.
Um autêntico instantâneo obtido por Pedro Amaral.
Cumprimentos
Obrigado pelos comentários. No fim do ano de 1983, 4 paquetes da classe Invan Franko estiveram juntos no porto do Funchal. Curiosamente, no ano seguinte, 3 paquetes da classe Belorrusiya estiveram também em simultâneo atracados no molhe da pontinha. À proa deles estava o Stefan Batory e o Fedor Shaliapin. Há 25 anos... foi o primeiro fim do ano que fotografei. No terminal norte estava o Estonia e fundeados os gémeos Shota Rustaveli e Taras Shevchenko. Um fim de ano soviético. À noite chegou o Black Prince. Do passado para o presente ou já para o futuro...Creio que iremos voltar a assistir à construção de navios mais pequenos e de média dimensão. O impacte que os grandes paquetes provocam nos portos onde chegam e em simultâneo com outros gigantes, além da procura de nichos de mercado e de outros perfis de passageiros (alguns cansados dos grandes paquetes) poderá conduzir à construção de navios mais pequenos e consequentemente de voltarmos a ver na pontinha 4 ou 5 paquetes em simultâneo! O futuro dirá! Cumprimentos
Caro Filipe,
Adorei esta imagem, pois na data tinha apenas 1 ano de idade. Recordar o passado do porto do Funchal, seria um bom livro maritimo para recordar grandes tempos vividos na pontinha, uma grande época de grandes clássicos que já os vi na face final de vida dos mesmos. Bem outros tempos , outras vontades mas fica aqui uma ideia para um livro do passado do porto do Funchal . Os pequenos paquetes tinham outra magia, era outra maneira de navegar de sentir o mar e isso ainda se vive nos poucos que existem.
Saudações maritimas
Caro Sérgio,
ainda bem! Sabemos o que é gostar dos navios e de recordar ou ver pela primeira vez fotografias de outros tempos! Certamente dirão o mesmo das nossas fotos os futuros entusiastas de navios!!! O testemunho de anónimos ou de fotógrafos tão conhecidos como os Vicentes, os Perestrellos ou os Figueiras contribuiram para que imagens do passado fossem hoje vistas e apreciadas por nós!!! A ideia do livro é excelente e como podes calcular pelos meus 25 anos de fotografia e já não tivesse pensado nesse projecto! Quem sabe e com o contributo dos entusiastas de hoje e de ontem! Afinal, as grandes obras fazem-se com todos! Saudações
Boa ideia essa do livro!
Agora Luís é possível mostrar algum resgito dos 4 "Ivan Franko" juntos?
Saudações!
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