sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Delphin, um sobrevivente da antiga frota de paquetes soviéticos

O navio de cruzeiros Delphin passa hoje a noite no molhe da pontinha numa escala procedente de Ponta Delgada, Açores e destino a La Palma, Canárias.
Operado pelos alemães da Passat Kreuzfahrten,  o Delphin é juntamente com o Salamis  Filoxenia, ex-Gruziya, e Marco Polo, ex-Aleksandr Pushkin, um dos poucos sobreviventes da frota de paquetes soviéticos, que durante os anos 70 e 80 foi a maior do mundo.
O Belorussiya, de 1975, construído nos estaleiros finlandeses da Wartsila, para a Blasco-Black Sea Shipping Company, de Odessa, foi o primeiro de um grupo de 5 navios gémeos e que deu o nome à classe. A primeira escala na ilha da Madeira aconteceu no segundo mês de operação do navio, a 27 de Fevereiro de 1975.
Nas décadas de 70 e 80, os paquetes soviéticos eram frequentadores assíduos dos portos portugueses e em particular do Funchal, fretados sobretudo a operadores turísticos ingleses (como a CTC), alemães e italianos. Em Outubro de 1992, quando estava numa doca flutuante, o Belorussiya adornou e afundou-se parcialmente.
No ano seguinte, os seus interiores foram quase todos reconstruidos e o navio voltou ao serviço como Kazakhstan II, pelo que esta reconstrução ajudou a prolongar a vida útil do navio além da ligação mantida ao longo de muitos anos a operadores alemães. Em 1996, o fretamento da Delphin Seereisen obriga à mudança de nome para Delphin, que mantem desde então com operadores como a Hansa Seereisen ou a Passat Kreuzfahrten. Texto e fotos: Luís Filipe Jardim/revista Cruzeiros

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