quarta-feira, 2 de abril de 2008

Van Gogh arrestado no Funchal

O navio de cruzeiros Van Gogh, da Club Cruise, está arrestado no Porto do Funchal por decisão do Tribunal Judicial do Funchal, por alegadas dívidas contraídas pelo operador em países estrangeiros, a Travelscope Holidays, empresa que está em processo de gestão. Segundo Coelho Cândido, Comandante da Zona Marítima da Madeira, o navio poderá seguir viagem hoje , caso o Tribunal do Funchal receba a indicação da entidade que emitiu o pedido de arresto de que a situação está desbloqueada. O Van Gogh estava a concluir uma viagem de volta ao mundo iniciada no porto onglês de Falmouth, para onde deveria ter largado ontem à noite depois de ter atracado no molhe da pontinha vindo do Mindelo, Cabo Verde. A bordo viajam 430 passageiros, alguns dos quais terão já optado por regressar de avião a Inglaterra. Veja se o Van Gogh já largou do Funchal através da webcam.

7 comentários:

Anónimo disse...

Olá Luís Filipe Jardim, o meu nome é Caldeira, o tal dos Portos da Madeira.
Tive agora conhecimento desta página através de um colega.
Parabéns e continue.
Já agora agradeço-lhe a imagem da webcam, pois assim pude constatar que a minha embarcação está quietinha no varadouro de S. Lázaro.

Um abraço,
Caldeira.

LUIS MIGUEL CORREIA disse...

Luís Filipe,

Roubei-te a imagem para uma notícia sobre o asunto no BNM.
Depois telefono para te dar os parabéns sobre a tua diversificação recente de actividades...
Um abraço

LMC

Raquel Sabino Pereira disse...

Funchal, 03 Abr (Lusa) - Os 430 passageiros do navio de cruzeiro retido desde terça-feira no Funchal recusaram a oferta de regressar ao Reino Unido por avião e consideram que a apreensão "não podia ter acontecido em melhor lugar".

O navio Van Gogh, que navega com bandeira das Ilhas Marshal, foi arrestado por ordem judicial na sequência de um pedido de indemnização por denúncia de contrato, apresentado pelo operador turístico que inicialmente fretava o navio e que entretanto faliu, a Travel Scope, contra o armador (Club Cruise).

O responsável pelo cruzeiro, Marcus Neal, explicou hoje que a empresa ofereceu aos passageiros a possibilidade de regressarem de avião ao Reino Unido, mas estes, reunidos quarta-feira, "rejeitaram a ideia, considerando que sairam de barco e vão regressar de barco".

A bordo, além de 250 tripulantes, estão mais de 430 passageiros, entre os quais a actriz britânica Shirley Ann Field, conhecida por filmes realizados nos anos 60 e 70, que acompanhou os responsáveis do navio numa conferência de imprensa que hoje decorreu junto no porto para explicar a situação.

A actriz britânica admitiu "não estar infeliz" com o arresto do navio, porque, tendo de acontecer em algum lugar, "o melhor foi acontecer em águas portuguesas".

"Toda a gente a bordo transformou isto num triunfo, não sei como", afirmou, acrescentando: "Claro que ficaremos felizes de chegar a casa, mas entretanto que lugar seria melhor para ser apreendido?".

"O espírito entre os passageiros está no alto, a comida é muito boa e o sol continua a brilhar, não temos queixa. Mas seria melhor sermos livres".

Esther Holmes, outra das passageiras contactadas pela agência Lusa, disse ter conhecimento de que o barco foi "arrestado devido a problemas financeiros", mas destacou a forma como os responsáveis pelo navio se têm empenhado para minimizar a situação.

"Não podia ter acontecido em melhor lugar", admitiu também.

Com uma garrafa de vinho Madeira embalada para presente, Sidney Rapley secundou as declarações: "Podemos até ficar mais uns dias, estou muito feliz de estar na Madeira, com este tempo maravilhoso".

Outros passageiros realçaram a forma como têm sido bem tratadas no interior do navio e a sua "completa confiança" nas pessoas que estão a tratar do assunto.

Muitos nas varandas do navio sorriam e acenavam às pessoas que estavam no porto.

O paquete Van Gogh foi construído em 1975 e já navegou com o nome de "Gruziya", tendo sido alvo de remodelações em 1999.

Tem 157 metros de comprimento, 15.420 toneladas e navega a uma velocidade de 20 nós, estando registado no porto Majuro, Ilhas Marshall.

Nesta viagem à volta do mundo, com a duração de mais de 90 dias, tem a bordo mais de 400 passageiros, na maioria inlgeses de meia-idade que hoje puderam sair do navio, tendo a indicação para regressar até às 12:45.

O Van Gogh deveria ter saído terça-feira rumo ao proto inglês de Falmouth.

O navio de cruzeiro arrestado tem hoje no porto do Funchal a companhia do paquete britânico "Aurora" que tem 1.900 passageiros em trânsito.

AMB.

Fonte: Agência LUSA

Raquel Sabino Pereira disse...

Outra, mais recente (das 15h14, da Lusa):

Funchal, 03 Abr (Lusa) - O paquete que se encontra retido no Funchal com 680 pessoas a bordo foi arrestado devido a um pedido de indemnização ao armador apresentado por uma empresa que fretou o navio de cruzeiro e cujo contrato foi entretanto denunciado.

O responsável pelo cruzeiro, Marcus Neal, explicou hoje que o barco ficou "detido" por a operadora que originalmente fretava a embarcação, a Travel Scope, ter exigido em tribunal "dinheiro do Club Cruise [o armador do navio] pelo cancelamento do contrato".

A situação foi hoje explicada em conferência de imprensa junto ao paquete, que faz desde Janeiro uma viagem ao mundo com mais de 430 passageiros e 250 tripulantes, e que tinha no Funchal o último porto de escala antes do regresso a Falmouth (Reino Unido).

"Em Dezembro do ano passado, a Club Cruise cancelou o contrato com a Travel Scope", de quem era credor. Desde essa altura trabalhou com os administradores para garantir que este cruzeiro à volta do mundo, com início a 04 de Janeiro, se realizaria", acrescentou.

Salientou que desde essa altura "as coisas correram bem".

Só quando o navio chegou ao Funchal foi pela primeira vez informado de que o armador devia dinheiro pelo cancelamento do contrato, acrescentou.

"A Club Cruise tem cerca dois milhões de libras esterlinas a haver da Travel Scope. É absurdo que tenhamos trabalhado com os administradores e que eles agora detenham o navio e não permitam que levemos os passageiros de volta para o Reino Unido", realçou.

Também o comandante do navio, Valeriy Placynda, adiantou que a "Club Cruise não deve dinheiro à Travel Scope. Estão a inverter a história".

Marcus Neal apontou ainda que os passageiros deviam estar de volta ao seu país a 05 de Abril, "mas todos eles expressaram o desejo de regressar de navio, não querem voltar de avião".

"Pedimos que seja levantada a retenção. Têm todo o direito de nos reter quando chegarmos ao Reino Unido e de levar o caso a um tribunal inglês, mas deixem-nos levar os passageiros para casa", apelou.

Questionado sobre as previsões de resolução do caso, Marcus Neal afirmou não ter qualquer notificação.

"Esperamos notícias dos advogados e do tribunal sobre o assunto", explicou, manifestando esperança de que o facto de a notícia do arresto estar a circular a nível mundial possa constituir um elemento de pressão que permita o regresso dos passageiros o mais depressa possível.

"Gostaríamos de sair ainda esta tarde, mas está tudo na mão dos advogados".

O comandante do navio, Valeriy Placynda, garantiu que a tripulação está a trabalhar para garantir uma estadia mais agradável, considerando estranho que o arresto tenha surgido "apenas a três dias do fim da viagem".

"Temos o total apoio dos passageiros", afirmou, considerando que a ideia geral é que não podia ter acontecido num porto melhor".

O Van Gogh foi construído em 1975 e sofreu remodelações em 1999, tem 157 metros de comprimento, 15.420 toneladas e navega a uma velocidade de 20 nós.

Está registado no porto Majuro, Ilhas Marshall, e tem a bordo mais de 400 passageiros, na maioria ingleses de meia-idade, entre os quais a actriz britânica Shirley Ann Field.

AMB.

Fonte: Agência LUSA

LUIS MIGUEL CORREIA disse...

O VAN GOGH não é o único navio a ter problemas com a Travelscope.
O ATHENA que esteve também fretado a este operador até MARÇO de 2007 viu o seu contrato cancelado prematuramente, o que obrigou o armador a processar o operador inglês e o navio a períodos de imobilização forçada em Lisboa e Aveiro.
Entretanto o ATHENA mudou de bandeira, da Madeira para Itália, não por qualquer problema da Classic International Cruises com o registo da Madeira, mas por razões contratuais que se prendem com o afretamento em casco nu do ATHENA.

Luís Filipe Jardim disse...

Obrigado pelos vossos comentários. Esta webcam ajuda bastante a quem não tem o privilégio de ver de casa o porto. Felizmente tudo acabou em bem para os passageiros do Van Gogh e o navio navega agora de regresso a Inglaterra.

Anónimo disse...

Alla hu akhbar!!!