
A escala de hoje no Funchal do terceiro maior navio de cruzeiros do mundo, o
Independence of the Seas, fez-nos recordar o início da década de noventa, quando a Royal Caribbean decide explorar o continente europeu.

O primeiro navio da Royal Caribbean, então designada por Royal Caribbean Cruise Lines, a ser posicionado na Europa e a visitar a Madeira foi o
Sun Viking, de 1972. A primeira escala no porto do Funchal data de 2 de Maio de 1990, em viagem de Las Palmas para Lisboa. No ano seguinte, a guerra no golfo levou a empresa norte americana de origem norueguesa a cancelar os cruzeiros no Mediterrâneo, que foram retomados no ano seguinte com o
Song of Norway, que fez a primeira escala na Madeira a 29 de Abril de 1992.

Depois, e até 1995, o navio que abre esta classe de paquetes repetiu as temporadas de verão na Europa e com escalas no Funchal nos cruzeiros transatlânticos. Em 1996, a Royal Caribbean estreou o
Splendour of the Seas que visitou pela primeira vez a Madeira a 6 de Novembro desse ano, após a primeira época no velho continente. Nos anos seguintes, a Royal Caribbean estreou outros dois paquetes na Europa, em 1997 o
Enchantment of the Seas e em 1998 o
Vision of the Seas, que não incluiram escala no Funchal nas viagens para os Estados Unidos da América.


A empresa mantinha o
Splendour of the Seas reforçando depois a operação com o gémeo
Legend of the Seas que em 2001 visitou a Madeira na viagem posicional para a Europa. A entrada ao serviço dos paquetes da classe
Radiance, levou a Royal Caribbean a basear em Barcelona, em 2002, o novo
Brilliance of the Seas passando também a operar desde a Inglaterra com o gémeo
Jewel of the Seas desde 2004.

O crescimento do mercado britânico, lider europeu e o segundo maior do mundo, sustentou a aposta da Royal Caribbean na Europa, que mantem desde a anterior temporada de inverno o
Independence of the Seas em Southampton para cruzeiros à Madeira, Canárias e costa oeste da peninsula ibérica, e viagens ao Mediterrâneo. No Mediterrâneo, após a aposta da classe
Voyager of the Seas ,desde 2006, seguida pelos gémeos
Navigator e
Adventurer, e este ano
Mariner of the Seas, a RCI posicionou também em 2011 um segundo paquete da classe
Freedom, o
Liberty of the Seas, estreando ainda Palma de Maiorca e Veneza como portos de embarque no Mediterrâneo, juntando-se a Barcelona e Roma. O segundo maior grupo de cruzeiros do mundo, que inclui as empresas Celebrity, Azamara, Pullmantur e Croisières de France, tem priviligiado a Europa e mercados emergentes no velho continente, beneficiando Portugal, com embarques em Lisboa e Funchal, além das inúmeras escalas há 2 décadas.Texto e fotografias: Luís Filipe Jardim